شيخ الجبلHassan bin Sabbah Homairi era filho de uma poderosa família iraniana de Qom – centro de propagação do ismailismo. Se intitulava a sétima encarnação do Imam Ismael, o chamado "Sétimo profeta" depois de Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé.
A partir de 1079 passou a viver no Egito (Cairo) onde estudou e aperfeiçoou seu conhecimento do Corão, descobriu o Antigo e o Novo Testamentos, além dos textos vedas hindus – conhecidos desde as invasões de Alexandre, o Grande. Bin Sabbah promoveu a reunião dessas religiões, misturando ainda o zoroastrismo e acrescentando, nesta síntese, um pouco de neoplatonismo.Durante a sua permanência no Cairo, Hassan relacionou-se com Nizar, filho do califa da dinastia fatímida, al-Mustansir, até que Nizar foi afastado da sucessão pelo vizir al-Afdal. Talvez esteja aí a origem do ódio de Hassan à dinastia fatímida. Foi em torno do nome de Nizar que ele reuniu os seus primeiros seguidores os nizaritas.As origens da dinastia fatímida situa-se no ismailismo, uma corrente do islão xiita que considera Ismail como o sétimo imam. Os membros da dinastia fatímida alegavam ser descendentes de Fátima (filha do profeta Maomé) e do seu marido Ali ibn Abi Talib, o que explica a designação de Fatímidas. Enquanto xiitas opunham-se ao califado sunita dos Abássidas (750-1258).A dinastia foi fundada por Ubayd Allah al-Mahdi no século X. Ubayd Allah vivia na cidade síria de Salamiyya, um dos centros a partir dos quais os ismailitas enviavam os seus missionários para os vários pontos do mundo islâmico, com objectivos não só religiosos, mas igualmente políticos. Ubayd Allah decidiu deixar esta cidade por motivos obscuros, acabando por se fixar no norte de África, onde um dos seus missionários, Abu Abdallah, tinha alcançado bons resultados no seu trabalho junto dos berberes da tribo dos Kotama, ao mesmo tempo que procurava debilitar o poder da dinastia local, os aglábidas.Abu Abdallah tomou Rakkada, a capital dos aglábidas no ano de 909. Em janeiro de 910 Ubayd Allah chegou à cidade, onde tomou os títulos de Mahdi e Amir al-Mu'minin. Rapidamente a dinastia passa a controlar o Magrebe. Em 921 Ubayd Allah fixa-se numa nova cidade, al-Mahdiyah ("a cidade do Mahdi"), situada na costa leste da Tunísia, a sul de Sousse. A partir desta cidade Ubayd pretendia conquistar o Egipto, mas as três expedições militares lideradas pelo seu filho revelaram-se um fracasso.O poder fatímida herdou dos aglábidas a ilha da Sicília, cujo domínio se revelou difícil. A população local rejeitou dois governadores fatímidas, dado que tinham eleito um governador próprio, Ibn Kurhub, partidário dos abássidas, que fez guerra aos fatímidas. Quando a Sícília foi derrotada, a população local decidiu livrar-se do governador e aceitou o novo governador enviado por Ubayd Allah.Das várias e dramáticas facções ismaelitas, as mais famosas foram a dos fatímidas do Egito, a dos ismaelitas hindus e a dos ismaelitas reformados de Alamut – chefiada por Hassan.A destruição da biblioteca de Alamut pelos mongóis dizimou suas fontes primeiras. Parte da memória de Hassan i Sabbah foi encontrada entre os ismaelitas da Índia. O pouco que se sabe sobre a sua vida é contado pelo historiador árabe mongolizado, Ala-Ed Din D'joueïny, que teve a oportunidade de estudar durante um ano, com a permissão do khan Hulagu, a biblioteca de Hassan em Alamut. Dos textos encontrados na Índia, a narrativa da fuga de Isfahan, onde Hassan teria tido uma visão de Zaratustra que o encaminhou para o norte, ao encontro de seus iniciadores – membros de uma seita secreta, "numa caverna de uma alta montanha", para receber a iniciação pelo senhor da montanha. A tradução do texto encontrado na Índia, por W. Ivanov, é de "Jean Claude Frère, L'Ordre des assassins, caps. I e II, pp. 15 a 78)". O texto revela uma mistura de elementos zoroastrianos, cristãos e islâmicos. Hassan teria, então, recebido dos iniciadores a missão de "libertar a raça ariana e fundar um novo império, tendo por base a nova religião.". No Cairo, Hassan completou sua iniciação na famosa "Casa das Ciências" do Islamismo.Suas andanças, após ser expulso da Pérsia pelos turcos seljúcidas – adeptos da ortodoxia sunita, o levaram a muitos fiéis, dispostos a obedecê-lo cegamente até mesmo com o sacrifício da própria vida: a Ordem dos Assassinos, uma ramificação do ismaelismo no Irã, na Síria e no Iraque. Na hierarquia da seita os iassek estavam no patamar mais baixo - a massa dos fiéis. Depois deles, os mujib - dependendo de sua aptidões poderiam se tornar fedayin, os que se sacrificam. Os denominados de rafik eram treinados para comandar fortalezas e dirigir a organização. Os da'ieram os missionários. Por último, no topo da pirâmide, estava o grande senhor: Hassan. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Ordem de Assassinos foi uma seita fundada no século XI por Hassan ibn Sabbah, conhecido como o velho da montanha. Seu fundador criou a seita com o objetivo de difundir uma nova corrente do ismaelismo, que ele mesmo havia criado. Sua sede era uma fortaleza situada na região de Alamut, no Irão.A fama do grupo se alastrou até o mundo cristão, que ficou surpreso com a fidelidade de seus membros, mais até que com sua ferocidade. Seu líder possuía cerca de 60 mil seguidores, segundo alguns relatos da época especulavam.Para Bernard Lewis, autor de Os Assassinos, haveria um evidente paralelo entre essa seita e o comportamento extremista islâmico, assim como o ataque suicida como demonstração de fé.
O ismaelismo é uma das correntes do esoterismo islâmico, que se enquadra no Islão Xiita.Continuando a nossa saga pelas primeiras cruzadas e a Origem das Ordens de Cavalaria, precisaremos fazer um texto curto, porém importante sobre uma das ordens mais amedrontadoras do começo das cruzadas: os Assassinos. Sim, o termo “assassinato” foi inventado por causa deles. Estamos falando da Seita dos Hashashins, ou os fumadores de Haxixe do monte Alamut (que significa “Ninho da Águia”).
Guerreiros cujas habilidades foram comparadas às dos famosos ninja orientais, estes enigmáticos personagens tornaram-se um ponto de interrogação dentro das batalhas na região de Jerusalém, ora movimentando a balança na direção dos cristãos, ora pendendo para os muçulmanos.Os Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão – Os geralmente hostis e reservados Cavaleiros Templários sempre tiveram uma relação ambígua com o resto do Coro Celestial; de um lado, os Templários são considerados a “tropa de choque” do Coro, convocados apenas nas situações mais graves (tanto pelas suas artes de guerra devastadoras quanto pelo fato que muitas vezes não sobra nada no local do ataque, nem mesmo os Coristas), por outro lado eles ainda sofrem de desconfiança por suas ligações há 500 anos com a Cabala do Pensamento Puro (que se tornaria a ONM).Da parte dos Templários, eles sentem dificuldades em lidar com Coristas não cristãos (apesar do respeito mútuo pela Sociedade da Cimitarra) e mais ainda com os magos das outrasTradições. Mesmo assim, esse grupo, que gerou mais controvérsias, rumores e conspirações do que todas as outras ordens guardiãs, permaneceu no Coro, numa relação tensa, mas que nos últimos anos vem gradualmente melhorando, com esforços diplomáticos dos membros progressistas do Coro em trazer seus irmãos Templários para o convívio entre os Coristas e quem sabe, entre os das outras Tradições. _~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Ibn al-Kachab salvou Alepo em 1125 da dominação franca e foi responsável, mais que qualquer outro, para preparar o caminho de resistência contra a dominação imposta pelo ocidente. No entanto o cádi não viu seus esforços alcançarem resultados. Num dia de verão de 1125 quando saía da Grande Mesquita de Alepo, após a oração da tarde, um homem fingindo-se de asceta pula sobre ele e enfia-lhe um punhal no peito. É a vingança dos Assassinos. Ibn al-Khachab fora inimigo mortal da seita, derramara o sangue dos seus seguidores sem piedade ou arrependimento. Não ignorava que mais cedo ou mais tarde seria colhido por um seguidor e pagaria com a própria vida. Há um terço de século, nenhum inimigo deles conseguiu escapar com vida.
Quando nasceu Hassan, a doutrina xiita, a qual pertence, era dominante na Ásia islâmica. A Síria pertencia aos fatímidas do Egito, e a dos buaiídas, também xiíta dominava a Pérsia e influía diretamente na política e na lei em pleno coração de Bagdá junto ao califa abássida. Mas durante a juventude de Hassan, a situação inverteu-se completamente. Os seldjúcidas turcos, defensores da ortodoxia sunita, se abateram sobre o império árabe e estabeleceram a primazia de sua visão do Islã e o xiísmo passa a ser apenas tolerado e às vezes perseguido pelos sunitas dominantes.Os Ismailitas, seita muçulmana que surgiu entre os xiítas no século IX, esperavam a vinda de um Messias, o Mahdi, que estabeleceria um reinado de justiça sobre a terra e pessoalmente vingaria os crentes contra os opressores da estirpe de Ali. Também possuíam uma visão teológica e esotérica própria derivada da cabala judaica ou do neopitagorismo: sustentavam que Deus havia criado o Universo através de uma de divindade emanente, que denominavam Razão Universal, que por sua vez deu origem a Alma Universal, geradora da Matéria primeira, do Espaço e do Tempo. Estes cinco princípios divinos, atuando em conjunto, teriam sido a origem do Universo. A causa final do homem era voltar a sua fonte primordial para atingir a união perfeita com a Razão Universal. Para facilitar este Caminho acreditavam que a Razão Universal e a Alma Universal haviam encarnado entre os homens e as encarnações mais recentes seriam os imanes descendentes de Ali, criador do xiísmo.Estas idéias que no futuro iriam influenciar as seitas secretas esotéricas européias foram sistematizadas por Abdallah ibn Maimun, persa natural do Khuzistão. Segundo ele afirmava, desde o principio do mundo teria havido seis períodos religiosos, caracterizado cada um deles por uma encarnação da Razão Universal, acompanhada por um profeta: Adão e Set, Noé e Sem, Abrão e Ismael, Moisés e Aarão, Jesus e Pedro, Maomé e Ali. A religião derradeira e mais perfeita era a do Imã Ismail, descendente direto de Maomé; e o privilégio da revelação desta religião ao mundo foi de Abdallah.
Hassan cresceu rodeado pelas disputas religiosas e insurge-se contra esta situação. Por volta de 1071 vai buscar refúgio no Egito, ultimo baluarte do xiísmo. Mas logo descobre que também lá a dinastia fatímida é ainda mais manipulada e se encontra enfraquecida. No Cairo ele aproximou-se de outros fundamentalistas descontentes que desejavam como ele reformar o califado xiíta e vingar-se do domínio seldjúcida.Assim tomou corpo um verdadeiro movimento de resistência, tendo por chefe Nizar, o filho mais velho do califa egípcio. Tão piedoso quanto tenaz, o herdeiro do trono não tem a menor vontade de viver uma vida de prazeres nem servir de marionete nas mãos de um vizir seldjúcida. Quando seu velho pai falecer, o que não devia demorar, com a ajuda de seus aliados uma nova era de domínio xiíta deveria prosperar. Foi estabelecido um plano no qual Hassan tinha importante papel como seu artesão. O militante persa irá instalar-se no coração do império seldjúcida para preparar o terreno para Nizar impor seu poder quando assumisse o trono.O sucesso de Hassan ultrapassou todas as expectativas, mas seus métodos não ortodoxos de combate são bem diferentes daqueles imaginados pelo virtuoso Nizar. Em 1090, Hassan se apossa de surpresa da fortaleza de Alamut, verdadeiro “ninho da águia”, situado na cadeia montanhosa de Elbruz, perto do mar Cáspio, em uma região quase inacessível. De seu santuário inviolável, Hassan começa a criar sua organização político-religiosa cuja eficácia mortal e espírito de disciplina servirão de exemplo nos tempos vindouros para a criação de sociedades secretas e organizações terroristas até nossos dias.
Seus adeptos, como em todas as organizações similares, quando da admissão foram classificados de acordo com suas qualidades, nível de instrução, coragem, confiabilidade, de noviços até o grau de grande mestre. Subordinados ao "Velho da Montanha" estavam os "grandes priores" que ocupavam a função de governadores provinciais, os "priores" ou missionários, os iniciados e por fim os fedais que não eram iniciados nos mistérios mas praticavam as missões mais perigosas e atentados. Abaixo deles estavam os noviços e os simpatizantes do povo. Eles recebiam treinamentos físicos intensos e doutrinação esotérica islâmica.
tudo e nada: arquivo, escritos mais ou menos autobiograficos, fotos minhas e de outros.